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Como a pandemia mudou o mercado do ensino superior no Brasil?

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Você certamente já se fez a pergunta que utilizamos como título deste artigo algumas vezes nos últimos meses. Inúmeras foram as respostas de ocasião, e algumas delas devem ter permanecido.

Para que você consiga verificar a veracidade das suas hipóteses — e, principalmente, preparar-se para os próximos períodos de matrículas — criamos este artigo. Ele é baseado em um estudo realizado pela Google e cujo resultado está detalhado no blog de insights da empresa para diferentes áreas: o Think With Google.

A nossa ideia foi trazer à audiência do Captar Alunos uma versão resumida desses resultados. No entanto, recomendamos vivamente que você leia o original e assista ao vídeo que o acompanha.

Afinal, principalmente em períodos como o que vivemos, dados, estatísticas e informações fidedignas são imprescindíveis.

Afinal, o que mudou no ensino superior brasileiro?

Segundo o trabalho apresentado por Mariana Pasqualetti e Renata Navarrette, é fato que o mercado das instituições de ensino superior diminuiu durante o isolamento.

O que raramente é levado em consideração, no entanto, é que o mercado brasileiro já tinha baixas no setor desde 2015. Segundo as especialistas, a área de educação acompanha perfeitamente o PIB brasileiro e a quantidade de empregos formais anualmente, em seus altos e baixos:

A boa notícia é que a maior parte dos interessados nos cursos superiores não desistiu de estudar durante a pandemia. O mercado encolheu, mas não tanto quanto se imagina, já que 90% dos formados no Ensino Médio pretende continuar estudando.

Essas pessoas, agora, dão mais valor às instituições que oferecem ensino a distância, pois reconhecem que essa modalidade foi capaz de solucionar muitos problemas pedagógicos durante a pandemia.

A relação entre desemprego e inadimplência também é muito simétrica, o que dá alguma ideia de como os eventuais problemas econômicos devem influenciar a evasão escolar nos próximos meses.

Como vão ser as próximas campanhas de matrículas?

Para o futuro próximo, as perguntas a serem respondidas, como era de se esperar, são:

  • como absorver mais alunos;
  • como atender essas pessoas durante a pandemia e;
  • como manter um fluxo de caixa saudável durante esse período.

O ciclo 20.2 (segunda onda de matrículas do ano de 2020) será marcado por um mercado menor e uma grande competitividade. Nesse sentido, o primeiro ponto a ser observado é a regionalização do mercado.

A pandemia afeta de maneira distinta as diferentes regiões brasileiras, e nem todo mundo comunga do otimismo característico dos estudantes do Sul e Sudeste do país. Na verdade, outros dados já sugerem que, mesmo com a maior aceitação do ensino a distância no país nos últimos tempos, essa regionalização permanece forte.

O fator preço é também um grande diferencial para a matrícula. Mais especificamente, os estudantes esperam descontos para aderirem à sua próxima faculdade.

Espaço físico, tour virtual pela instituição e opções de cursos online são outros diferenciais com enorme valor percebido, segundo a pesquisa. O gráfico abaixo ilustra as porcentagens de respostas sobre cada tópico:

Onde entra o marketing digital nessa história?

A primeira dica para as suas próximas campanhas já foi dada: esteja atenta ou atento aos aspectos ou canais regionais que impactam seu marketing digital. Indiretamente, podemos citar alguns desses canais, como é o caso do uso do SEO Local e do Google Meu Negócio.

Tenha em mente, também, que essa regionalização afeta as projeções dos seus potenciais alunos para os próximos anos. O foco central da recuperação econômica brasileira tende a ser o Sudeste, e outras regiões podem ter públicos mais desconfiados com relação à retomada, pelo menos nos primeiros meses pós-pandemia.

A mesma oposição pode ser traçada entre cidades grandes e interior. Os grandes centros tendem a se reorganizar mais rápido, porém são também onde há maior concorrência.

É sobretudo no ensino a distância que o maior esforço do seu marketing digital deve estar. O percentual de alunos que avalia como positiva a experiência EaD depois de migrar para o online por conta da pandemia ultrapassa a marca dos 70%.

No entanto, esse tempo de adaptação forçada também demonstrou que, para receber públicos enormes em sistemas EaD, são necessárias plataformas robustas e com grande foco no chamado UX Design, ou Experiência do Usuário.

O último ponto que gostaríamos de tratar diz respeito a uma afirmação que nós, do Captar Alunos viemos repetindo insistentemente nos últimos anos. Desta vez, porém, vamos deixar que os maiores especialistas em educação do Google falem por nós:


“Em toda crise, vemos marcas que optam por pausar suas iniciativas de marketing, esperando o pior passar, enquanto outras tomam coragem para se comunicar e adicionar valor à marca mesmo em meio à incerteza — e são justamente essas que conseguem ter mais sucesso na retomada.

Com o coronavírus não é diferente. Para 44% dos potenciais alunos, as adaptações que as instituições estão adotando em meio à pandemia são fundamentais para escolher onde se matricular. Ou seja, comunicar de maneira clara essas ações pode fazer a diferença para a sua instituição.”


Não existem respostas prontas  para crises como vivemos. O que podemos afirmar é que, quanto mais o tempo de isolamento social vai transcorrendo, mais padrões de reação aos problemas vão se confirmando.

Com esses dados do Google — que, além de tudo, foram submetidos a uma análise crítica de um dos maiores players do mercado de marketing digital — acreditamos que muitas das nossas teorias acabam embasadas.

Outras ficam ainda latentes em nossas cabeças, à espera de uma confirmação ou negação futura. Seja como for, cada nova confirmação é uma possível atitude acertada para organizar o marketing digital.

Não deixe de baixar o nosso guia de Matrículas no Pós-Pandemia – comportamento dos alunos no novo normal.

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