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A tecnologia educacional hoje e ontem: um panorama

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Vamos começar este artigo sobre tecnologia educacional dividindo uma opinião com o teórico Demerval Guilarducci Bruzzi, em estudo publicado na Revista da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Segundo o estudioso, uma concepção errônea da palavra tecnologia pode ter atrapalhado a associação que fazemos dela com a educação desde sempre. De fato, nosso entendimento dos aparatos tecnológicos é muito limitado, e esse vocábulo tem um sentido muito mais amplo do que imaginamos.

Tecnologia é um conjunto de técnicas e processos aplicados à execução de determinadas tarefas, o que resulta em utensílios, aparatos e dispositivos. Vamos entender melhor a aplicação desse conceito e como essa compreensão pode mudar sua rotina.

Como a tecnologia foi utilizada no ensino?

Ampliando nossa visão do termo, aceitaremos que tecnologia e educação sempre estiveram ligadas. Por exemplo, em um contexto em que o conhecimento era transmitido usando enormes pergaminhos, a invenção do livro como o conhecemos é uma revolução tecnológica.

O mesmo aconteceu com a possibilidade de imprimir letras em cartazes no século 19. Ou, indo mais longe no passado, com os chamados horn books, livros de madeira com letras incrustadas em que se ensinava a ler e escrever nos anos 1.600.

Ou seja, a tecnologia e seu uso sempre estiveram no cerne do processo educativo, e não é exagero dizer que a educação evolui em paralelo a ela, mesmo que seja possível encontrar uma certa resistência a mudanças nesse campo.

O que ela proporciona à educação hoje?

Atualmente, existe um cenário em que evoluções rápidas da tecnologia pressionam professores a ceder a um novo paradigma em suas aulas.

Trata-se também de um confronto geracional, já que crianças e adolescentes adaptam-se mais rapidamente às inovações digitais do que os professores. Não é nosso objetivo entrar nos méritos pedagógicos dessas inovações, mas elas impactam o modelo didático das escolas, o que gera uma demanda por atividades, materiais e profissionais atualizados.

Também o marketing e os serviços básicos de manutenção de uma instituição — como são os casos da secretaria, gestão e setor de novas matrículas — são expostas à necessidade premente de adotar esses modelos tecnológicos.

Como o setor educativo pode se beneficiar dela?

Este é justamente o ponto a que queríamos chegar: ao citarmos o conceito de tecnologia como norteada pelos processos, o que queremos é abrir seus olhos para a forma como você os pensa.

É comum que educadores e gestores educacionais mais afeitos ao digital pensem que uma modernização é sinônimo de novas máquinas e dispositivos. Mas, como já pudemos perceber aqui no Captar Alunos, não é bem assim que as coisas funcionam.

Se não houver um esforço de compreensão e estruturação de setores, processos e tarefas, a adoção de novas tecnologias torna-se algo inútil e, muitas vezes, caro.

Em outras palavras, não se pergunte sobre que nova tecnologia pode melhorar sua gestão, mas sobre que processos podem simplificá-la. Uma vez inferidos esses novos processos, escolha a tecnologia que melhor se aplica a eles.

Assim, é possível evitar também a comum oposição entre pessoas e máquinas, como se elas existissem para substituir o trabalho delas. Quem está no comando, sobretudo na educação, são as pessoas.

Como (e se) a tecnologia muda as pessoas

É claro que toda vez que um novo recurso tecnológico aparece e seu uso se difunde, a sociedade deve se acomodar para recebê-lo. Muitas vezes, as mudanças são tão profundas que não chegam a se configurar em escolhas.

Então, muito se tem dito e pesquisado sobre se a forma como vivemos em diferentes contextos tecnológicos deixa as pessoas mais inteligentes, ansiosas ou impacientes.

A revista Galileu debateu esse assunto em 2018, mostrando diferentes caminhos que ligam o vício em tecnologia a quadros de insônia, depressão e ansiedade.

O que não sabíamos naquela época — e que veio à tona com o documentário O Dilema das Redes, de 2020 — é que certos canais, sobretudo as redes sociais, foram criados para serem viciantes.

Mais um cenário que aponta não para a romantização da tecnologia por si só, mas para que ela seja apenas um meio, e não um fim em si. Investir em pessoas, processos e otimização de tarefas ainda é o caminho.

O que esperar da tecnologia no pós-pandemia?

Aqui no blog do Captar Alunos, já abordamos as relações da tecnologia em um artigo sobre o mercado do ensino superior pós-pandemia e também em vários tópicos sobre o mercado de Ensino a Distância no Brasil.

Ainda não tivemos, no entanto, a oportunidade de analisar a importância dos processos para a tecnologia. A nosso ver, esse é o pulo do gato para fazer projeções para o período posterior ao isolamento social.

Períodos de crise exigem muito do gestor educacional e, à medida que o cenário vai se tornando menos incerto, todos percebemos o quanto a organização é necessária. Não que não fosse sempre, mas a escassez de recursos mostra que sempre é possível melhor controle e maior precisão nos processos internos.

Então, a tecnologia não deve ser pensada por si só. Ela não ocasiona esses processos, e sim torna-se quase uma consequência deles.

Logo, antes de se perguntar o que esperar da tecnologia no pós-pandemia, pergunte-se o que as pessoas e os processos da sua instituição podem oferecer. São eles que determinam os resultados tecnológicos, e não o contrário.

São as pessoas que comandam a educação. A tecnologia é um produto daquilo que os seres humanos pensam, e serve para potencializar isso, ocasionando uma revolução na sua gestão, de dentro para fora. Se quiser ter mais ideias sobre como organizar seus setores (inclusive usando a tecnologia), não deixe de baixar grátis o nosso Guia Completo Para Captar Alunos e Acabar com a Evasão.

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