Você certamente já ouviu dizer que colocar todos os ovos na mesma cesta é um erro. No marketing digital não é diferente. Lidando diariamente com gestores de instituições de ensino, eu vejo como eles esperam soluções milagrosas, sobretudo dos anúncios.
O objetivo desse artigo é demonstrar como as matrículas escolares dependem de vários fatores (alguns não tão óbvios) que se completam em uma estratégia única. Reuni cinco desses fatores aqui, e espero que você os coloque em prática desde já.
Além disso, gostaria que esses tópicos o encorajassem e inspirassem a encontrar outras formas não óbvias de melhorar seu processo de matrículas. Continue a leitura até o fim e reflita sobre o tema.
1. A comunicação escolar
Às vezes, é o preço que cativa. Mas tem casos também que é a exclusividade no ensino de algum conteúdo, ou algum professor que é referência no mercado.
Em outras circunstâncias, a coisa pode ser muito mais simples. Já houve momentos em que percebi que o que os potenciais novos alunos sentiam falta era de saber a história da instituição. E por história eu quero dizer o mesmo que uma apresentação.
Comunicar sobre você na internet é muito mais do que falar sobre seus cursos. As pessoas querem saber o que a escola pensa, quais são as verdades que a movem e o porquê de suas diretrizes de ensino.
Então, a comunicação pode e deve ser encarada como algo mais abrangente, cheio de histórias bem contadas e sutilezas. Lembre-se, educação não são apenas informações, mas também a criação conjunta de valores éticos.
Todo mundo vai querer saber como é e o que pensam os professores, funcionários e gestores da instituição em que vão passar os próximos anos.
2. Anúncios de reconhecimento de marca
Esse ato de falar das suas verdades (em vez de apenas ficar tentando vender um produto ou serviço) é conhecido no marketing como reconhecimento de marca.
Ao anunciar no Google, Facebook ou Instagram, é comum que esse erro aconteça também: os gestores querem falar dos seus cursos, preços e incentivar a ação da matrícula, como se não houvesse terreno para mais nada.
No entanto, você deve recorrer a anúncios de reconhecimento de marca muito antes disso. Com esses anúncios, você “esquenta” o público mesmo quando as matrículas ainda não estão abertas, criando identificação e expectativa.
No momento de fechar, as pessoas já estão prontas e o seu investimento torna-se mais bem-feito. Ou seja, mais alunos pelo mesmo valor investido, e um trabalho de marketing mais direcionado.
3. Organização do processo de matrícula
A matrícula é um acontecimento igualmente importante para todo tipo de instituições de ensino, mas ela acontece de um modo diferente para cada uma.
Por exemplo, faculdades e escolas regulares têm entrada duas e uma vez por ano, respectivamente. Cursos livres e escolas de idiomas, por outro lado, são mais flexíveis, e para eles praticamente todo dia é um dia de matrícula.
Seja como for, o processo deve ser organizado. Isso significa que você tem que pensar um modelo com início, meio e fim para integrar seu marketing digital à captação de alunos e à matrícula.
E por organizado, não queremos dizer que ele tem que fazer sentido só para você. Também o seu aluno precisa saber exatamente em que etapa está e como avançar. Um site com boa usabilidade ajuda muito nisso.
Mas há outras dicas também. As próprias chamadas para a ação devem ser claras: “clique aqui e preencha o formulário”, “fale com nossa equipe” ou qualquer outra coisa que dê ao estudante um resumo de como é o processo a partir dali.
Fora isso, mantenha uma continuidade entre a experiência online e a finalização offline. Não crie etapas redundantes, evitando que as pessoas tenham que fazer novamente na escola o que já fizeram pela internet, como fornecer dados, por exemplo.
4. Interesses do aluno x interesses dos pais
Já vimos esse erro muitas vezes. O aluno mais novo precisa se interessar pelo curso, mas quem paga a matrícula são os pais. Como agradar a ambos? Esse é, certamente, um desafio de marketing educacional.
Encare-o da mesma forma como você lida com o espaço da escola e as visitas de fechamento de matrículas, por exemplo. Os dois lados precisam gostar, mas quem vai usufruir dos benefícios é o aluno. Por isso, crie uma comunicação que agrade os pais fazendo-os enxergar a escola pelos olhos dos filhos.
Imagens e vídeos de crianças satisfeitas são um bom começo. Lembre-se dos conceitos básicos de publicidade: o texto do anúncio serve para captar as pessoas pelo seu lado racional, mas a imagem deve ser pura emoção.
5. Anúncios de vídeo no Instagram
Acima, falamos sobre como é possível anunciar durante diferentes épocas do ano, pensando em criar reconhecimento de marca. Isso vale para os vídeos no Instagram e Facebook também.
Anuncie vídeos que não oferecem o seu produto, mas que criam empatia. Depois, crie públicos semelhantes a partir das pessoas que assistiram uma parte grande desses vídeos (o Facebook Ads faz isso automaticamente).
A ideia por trás dessas estratégias é ser perene. Levar sua marca até as pessoas sempre, não apenas na hora de matricular. Você deve fazer parte das vidas delas primeiro, para só depois partir para a fase de convencimento.
Seja como for, fazer marketing digital para aumentar as matrículas escolares não é criar uma estratégia única e esperar os alunos caírem do céu. Trace metas amplas, mobilize diferentes frentes de trabalho e evite colocar todos os seus ovos no mesmo cesto.
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Matrículas no Pós-Pandemia
comportamento dos alunos no novo normal
