Com certeza, um sistema que gera matrículas é importante. Também é necessário ter métodos pedagógicos, uma secretaria eficiente, um sistema para evitar a evasão e tantos outros pontos que transformam a realidade financeira de uma instituição.
Mas, se você parar para pensar, tudo isso depende de uma coisa: a comunicação educacional. E por esse termo, estamos falando de todos os mecanismos linguísticos que permeiam uma comunicação eficiente não apenas do que você ensina, mas também do que você é como instituição, incluindo os valores sociais que defende.
Então, essa comunicação deve ser alvo de um planejamento. Abaixo, levantamos alguns pontos importantes para que ela seja efetiva, aplicando ao tema técnicas de marketing digital que usamos por aqui, no Captar Alunos. Confira!
1. Identifique seu interlocutor
Mais do que um potencial aluno, quem é a pessoa que está recebendo a sua comunicação? Segundo as melhores práticas do marketing digital, comunicar-se não é fazer uso de frases genéricas tentando atingir uma audiência também genérica.
Você precisa olhar para dentro, para seus melhores alunos, para inspirar sua comunicação. Quem são as pessoas que mais se envolvem com o cotidiano da sua instituição?
Elas têm aspirações, problemas, dúvidas, são bons em certas coisas. Para além do debate educacional, na vida íntima, eles gostam de assistir séries? São adeptos do debate político ou preferem temas mais leves quando acessam as redes sociais?
É preciso humanizar o seu interlocutor. Se você souber começar a comunicação educacional por aí, tudo acaba mudando. Parta de pessoas e situações reais para estabelecer o que fazer e travar um diálogo verdadeiro com a sua audiência.
2. Defina a imagem que a sua instituição quer passar
Dependendo do posicionamento que você adota, tudo muda. Por exemplo, uma instituição com foco no ensino tecnológico pode perseguir um lugar de embaixadora de novidades e lançamentos, recomendando tendências antes de todos.
Uma escola de cursos livres de arte pode perseguir a imagem típica dos artistas: linguagem leve e engraçada, espírito livre, brincadeiras e piadas.
As escolas de formação técnica são naturalmente vistas como grandes conselheiras e vão se comunicar transmitindo um status de especialista tradicionalista e seguro. Afinal, elas representam um lugar intermediário entre a formação do aluno e o mercado de trabalho, um posto que demanda credibilidade.
Em outras palavras, é preciso olhar para dentro e enxergar os pontos fortes do negócio, para então definir uma imagem que deve ser passada. É interessante observar que não se trata de uma decisão só sua: a sua imagem nas redes sociais e internet em geral deve abarcar as expectativas que o seu interlocutor tem da sua marca.
Se quiser compreender melhor esse assunto, recomendamos o estudo da metodologia conhecida como Need Scope, uma técnica consagrada do campo de branding (estudo das marcas e da sua relação com o comportamento do consumidor).
Por meio dela, você vai compreender melhor os aspectos simbólicos e subjetivos que se unem ao oferecimento de um produto ou serviço. Satisfazer as necessidades do consumidor é muito mais do que uma venda fria.
3. Escolha um tom de voz
Quando você sabe que tipo de perfil tem o seu futuro aluno e definiu a imagem que você quer transmitir (e que ele precisa que você transmita), o passo seguinte é escolher um tom de voz para falar com ele.
Repare que voz e tom de voz são diferentes. Vamos fazer uma analogia com o mundo real: ao conversar com seus amigos, em situações de estresse extremo ou de diversão e descontração, a sua voz é a mesma.
O que muda é o tom dela. Da mesma forma, você deve se expressar basicamente igual em todos os lugares da internet, fazendo os ajustes necessários a cada mídia.
Então, a comunicação mais curta no Twitter, despojada no Instagram, sóbria no LinkedIn e institucional no seu site devem ter muitos elementos em comum e esses elementos são pautados pelos tópicos anteriores.
É necessário criar uma atmosfera comum para que o seu potencial aluno sinta que todos os canais de marketing digital são uma extensão um do outro. Atualmente, as pessoas estão presentes em vários canais, e é sua função estabelecer uma continuidade entre eles, se quiser fazer a marca da sua escola ter alcance e impacto.
4. Entenda a jornada do aluno
Até pouco tempo atrás, pensávamos a jornada do consumidor — ou, neste caso, do aluno — como algo bem objetivo: as pessoas conheciam novas marcas na fase conhecida como awareness (conscientização), depois aprendiam sobre um problema que talvez nem sabiam existir, na etapa de consideração. Por último, consumiam um produto e serviço que soluciona esse problema, na última etapa, conhecida como decisão.
A hiperconectividade se encarregou de soprar um pouco de caos nessa jornada. As pessoas passam o tempo todo conectadas, e isso faz com que elas avancem e retrocedam essas etapas muito rápido e de uma forma não linear.
Então, você precisa estabelecer uma jornada do seu aluno que funcione como uma abstração para ajudar o seu time de marketing e vendas. Ao mesmo tempo, deve ser capaz de adaptar esse gráfico frio à liberdade da vida real.
Um marketing eficiente é a junção de online e offline numa mesma experiência. Além disso, ele acolhe o seu aluno potencial também nos momentos em que ele lida com aspectos da vida não relacionados aos estudos, como diversão e interação em redes sociais.
A comunicação educacional não deve ser a mesma para todas as instituições. Saber estabelecer quais caminhos você vai seguir nesse tema significa autoconhecimento de gestão e marketing, assim como conhecimento mais aprofundado sobre quem contrata e consome seus cursos.
Em muitos casos, a própria comunicação interna pode mudar para melhor como resultado de aprender a espalhar sua visão e propósitos por aí. Então, tire um tempo para pensar esses assuntos antes de postar no seu blog ou nas redes sociais!E se quiser saber um pouco sobre as outras áreas que se relacionam à comunicação — e, claro, que também dependem dela — não deixe de baixar o nosso Guia completo para captar alunos e acabar com a evasão!
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